Script = https://s1.trrsf.com/update-1749588312/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

CIDH lê sentença de caso histórico de racismo no Brasil 614g6

Caso de discriminação racial em processo seletivo, ocorrido há 25 anos, expõe falhas no sistema judiciário brasileiro 6d1p6x

20 fev 2025 - 18h32
(atualizado às 23h52)
Compartilhar
Exibir comentários
Corte Interamericana de Direitos Humanos
Corte Interamericana de Direitos Humanos
Foto: Reprodução

A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) realiza, nesta quinta-feira, 20, a leitura da sentença do caso de Neusa Nascimento e Gisele Ferreira, vítimas de discriminação racial em um processo seletivo da empresa Nipomed, do setor de saúde, em 1998. O julgamento, transmitido ao vivo pelo Instagram da CIDH em parceria com a ONG Criola, pode estabelecer um marco na luta contra a impunidade em crimes de racismo no Brasil. 342m32

O caso ganhou notoriedade após ser denunciado pela Folha de S.Paulo e expôs falhas no sistema judiciário brasileiro. Em 2023, o Estado reconheceu, perante a CIDH, a violação dos direitos das duas mulheres — o primeiro reconhecimento formal de um caso de discriminação racial pelo país.

Na época, Neusa e Gisele, ambas negras, viram um anúncio de vagas para pesquisadora e foram até a Nipomed para se candidatar. O dono da empresa, no entanto, afirmou que as oportunidades já estavam preenchidas. Horas depois, uma amiga branca de Neusa, com qualificações semelhantes, conseguiu a vaga imediatamente.

As vítimas denunciaram o caso à polícia, mas enfrentaram resistência. Uma delegada chegou a questionar o impacto da situação na vida de Neusa antes de arquivar a denúncia. Gisele, ao tentar registrar um boletim de ocorrência em outra delegacia, ouviu de um policial: “Tem certeza de que a vaga era para você">A Comissão Interamericana de Direitos Humanos destacou que o caso evidencia a falta de o à justiça para a população negra, especialmente mulheres. O relatório apontou que, apesar da condenação, não houve reparação às vítimas, e a demora de mais de 20 anos no julgamento configura uma falha grave do sistema judicial.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade