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Incêndio na Globo complicou gravações de novela exibida há 49 anos 3k362

Por conta de um incêndio na Globo, no antigo Projac, a novela precisou mudar local de gravações as pressas e prestes a estrear; saiba tudo 2l201k

7 jun 2025 - 07h35
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Renata Sorrah em cena de O Casarão, obra de 1976
Renata Sorrah em cena de O Casarão, obra de 1976
Foto: Reprodução/Globo / Contigo

Um dos clássicos da Globo estreou há 46 anos e sofreu com a censura do período da ditadura militar e teve que mudar de local de gravações as pressas: O Casarão. Escrita por Lauro César Muniz, a novela estreou em 7 de junho e inovou com uma linha do tempo única, apesar dos contratempos que aconteceram.  3u3y1d

Incêndio mudou tudo? 5553i

Três dias antes da estreia, a novela sofreu com um incêndio que mudou os planos. Em 4 de junho daquele ano, o fogo se alastrou por um pedaço do prédio da Globo - antigamente localizado no Jardim botânico. Correndo contra o tempo, o site Memória Globo relembra que o novo espaço de gravações foi montado na Herbert Richers, na Usina, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Censura atrapalhou enredos 3n202f

Outro ponto que atrapalhou a trama foi a censura. O autor foi impedido de aprofundar o triângulo amoroso formado por Jarbas (Paulo José), Estevão (Armando Bógus) e Lina (Renata Sorrah). A personagem feminina iria romper com as tradições da sua família, romper um casamento e ficar com Jarbas, com quem ela amava, como lembrou Nilson Xavier, do Teledramaturgia.

O Regime Militar não permitia que o adultério feminino acontecesse e, assim, mudou a trama, recomendando que ela pedisse o divórcio, pois "não poderia se apaixonar ainda estando casada", relembrou o jornalista.

Em entrevista a revista Amiga, na edição publicada em 1976, o autor revelou que a trama dos anticoncepcionais foi vetada e outra parte política da novela também sofreu baixas devido à imposição do governo autoritário:

"Não foi permitido mostrar que Lina usava anticoncepcionais; (…) foram enfraquecidos os personagens de Marcelo Picchi (Aldo), Nilson Condé (Padre Milton) e Bete Mendes Vânia, jornalista): os comícios do candidato Aldo não puderam ser levados ao ar e foi reduzida a participação do padre e da jornalista na campanha política".

Inovação 5zk5r

Nilson relembra que a trama era única: trazia linhas do tempo entrelaçadas, sem alertar que eram flashbacks. O autor contou no livro A Seguir, Cenas do próximo capítulo como fazia a ação: "Eu peguei três momentos da história do Brasil e os misturei. Eu contrapunha os três períodos históricos sem qualquer aviso prévio. O telespectador nunca sabia quando a novela aria de uma época para outra. (…) O personagem abria a porta do casarão em 1926 e saía do outro lado em 1976. O casarão centralizava toda a história, daí o título."

Como era uma novidade, a TV Globo recebeu diversos telefonemas na época de telespectadores que não haviam entendido nada da trama. No início, acabou sendo rejeitada. Depois de um tempo, as narrativas foram se encontrando e o público abraçou a obra. 

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